Testemunhas de Jeová

Crenças, ensinos e atividades.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

O que o Pai-Nosso significa para você?

Jesus ensinando a oração-modelo

VOCÊ conhece os dizeres da oração do Pai-Nosso? É a oração-modelo ensinada por Jesus Cristo. Ele disse no seu famoso Sermão do Monte: “Tendes de orar do seguinte modo.” (Mateus 6:9) Ela é também conhecida como Padre-Nosso. — Em latim: Pater noster.

Milhões de pessoas em todo o mundo conhecem de cor a oração do Pai-Nosso e a repetem muitas vezes, talvez diariamente. Em anos recentes, muitos têm proferido essa oração nas escolas e em eventos públicos. Por que se dá tanto valor à oração do Pai-Nosso?

O teólogo Cipriano, do terceiro século, escreveu: “Que oração pode ser mais espiritual do que a que Cristo nos ensinou . . . ? Que oração ao Pai pode ser mais verdadeira do que aquela que nos foi dada pelo Filho, que é a Verdade?” — João 14:6.

A Igreja Católica Romana, no seu catecismo, chama o Pai-Nosso de ‘oração cristã fundamental’. The World Book Encyclopedia reconhece a importância dessa oração em todas as religiões da cristandade, descrevendo-a como uma das “declarações básicas da fé cristã”.

No entanto, é preciso reconhecer que muitos dos que recitam a oração do Pai-Nosso não a compreendem plenamente. “Se você tem qualquer tipo de formação cristã, é provável que consiga falar de cor, num só fôlego, a oração do Pai-Nosso”, disse o jornal Ottawa Citizen, do Canadá, “mas pode ser que tenha dificuldade em proferi-la devagar, entendendo o que diz”.

Será que é mesmo importante entender as orações que fazemos a Deus? Por que Jesus nos deu a oração do Pai-Nosso? O que ela significa para você? Analisaremos agora essas perguntas.

A ORAÇÃO do Pai-Nosso, proferida por Jesus Cristo no Sermão do Monte, está na Bíblia em Mateus, capítulo 6, versículos 9 a 13. Pouco antes de ensinar essa oração, Jesus disse: “Ao orares, não digas as mesmas coisas vez após vez, assim como fazem os das nações, pois imaginam que serão ouvidos por usarem de muitas palavras.” Mateus 6:7.

Portanto, é evidente que Jesus não pretendia que a oração do Pai-Nosso fosse repetida palavra por palavra. É verdade que, mais tarde, ele repetiu essa oração para que outros também a aprendessem. (Lucas 11:2-4) Mas a fraseologia da oração no relato evangélico de Mateus difere um pouco da do evangelho de Lucas. Além disso, outras orações que Jesus e os seus discípulos fizeram posteriormente não seguiram rigidamente as palavras da oração-modelo.

Por que o Pai-Nosso foi registrado na Bíblia? Por meio desse modelo, Jesus nos ensinou como nossas orações podem tornar-se aceitáveis para Deus. Nessa oração, encontramos também respostas a algumas das perguntas básicas sobre a vida. Portanto, consideremos cada parte do Pai-Nosso.


Nosso pai nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra. Dá-nos hoje o nosso pão para este dia; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores. E não nos leves à tentação, mas livra-nos do iníquo.” Mateus 6:9-13

Homem orando

Qual é o nome de Deus?

“Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome.”(Mateus 6:9) Essas palavras iniciais da oração-modelo nos ajudam a nos achegar a Deus por nos dirigirmos a ele como “nosso Pai”. Assim como uma criança, que por natureza se sente atraída a seu pai amoroso e compreensivo, podemos achegar-nos ao nosso Pai celestial, confiantes de que ele quer nos ouvir. “Ó Ouvinte de oração”, cantou o Rei Davi, “sim, a ti chegarão pessoas de toda carne”. Salmo 65:2.

Jesus nos ensinou a orar a Deus pedindo que santifique, ou torne santo, o Seu nome. Mas qual é o nome de Deus? A Bíblia responde com as seguintes palavras: “Tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Salmo 83:18) Já leu alguma vez o nome Jeová na sua Bíblia?

Realmente, o nome de Deus, Jeová, ocorre quase 7.000 vezes nos antigos manuscritos bíblicos. No entanto, alguns tradutores foram a ponto de remover esse nome das suas versões da Bíblia. Portanto, é correto orarmos que o Criador santifique o seu nome, ou o torne santo. (Ezequiel 36:23) Um modo de agir em harmonia com essa oração é usarmos o nome Jeová quando oramos a Deus.

Uma senhora chamada Patrícia, que foi criada como católica, conhecia muito bem o Pai-Nosso. Como reagiu quando uma Testemunha de Jeová lhe mostrou na Bíblia o nome de Deus? “Nem podia acreditar no que eu estava ouvindo!” exclamou. “De modo que fui pegar a minha própria versão da Bíblia, e nela também constava o nome de Deus. A Testemunha me mostrou então Mateus 6:9, 10, e explicou que o nome de Deus está relacionado com o Pai-Nosso. Fiquei muito interessada e pedi que ela estudasse a Bíblia comigo.”

A vontade de Deus será realizada na Terra

“Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” (Mateus 6:9, 10) Como se cumprirá essa parte da oração-modelo de Jesus? A maioria das pessoas imagina que o céu seja um lugar de paz e de tranqüilidade. As Escrituras referem-se ao céu como “morada excelsa de santidade e beleza” de Jeová. (Isaías 63:15) Não é de admirar que oremos que a vontade de Deus seja realizada na Terra assim “como no céu”! Mas será que isso acontecerá algum dia?

Daniel, profeta de Jeová, predisse: “O Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. E o próprio reino não passará a qualquer outro povo. Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos [terrestres], e ele mesmo ficará estabelecido por tempos indefinidos.” (Daniel 2:44) Esse reino, ou governo, celestial agirá dentro em breve para trazer paz global por meio de um governo justo. 2 Pedro 3:13.

Orar pela vinda do Reino de Deus e para que a Sua vontade seja feita na Terra é uma manifestação de fé, que não trará desapontamento. João, o apóstolo cristão, escreveu: “Ouvi uma voz alta do trono dizer: ‘Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.’ ” Depois João acrescentou: “Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.” Revelação (Apocalipse) 21:3-5.

Orar pelas necessidades materiais

Pães

Jeová provê o necessário para os que o amam

Na oração-modelo, Jesus mostrou que a nossa preocupação primária deve estar relacionada com o nome e a vontade de Deus. No entanto, a oração-modelo prossegue com pedidos pessoais, feitos corretamente a Jeová.

O primeiro deles é: “Dá-nos hoje o nosso pão para este dia.” (Mateus 6:11) Isso não é um pedido de riqueza material. Jesus incentivou-nos a orar pelo “nosso pão para o dia, segundo as exigências do dia”. (Lucas 11:3) Em harmonia com o Pai-Nosso, podemos orar com fé que Deus providencie as nossas necessidades diárias, se o amarmos e lhe obedecermos.

Ficarmos indevidamente ansiosos por causa de problemas econômicos poderia fazer-nos descuidar da nossa necessidade espiritual e assim não fazermos o que Deus espera de nós. Mas, se na vida dermos prioridade à adoração a Deus, poderemos ter certeza de que nossos pedidos para as necessidades materiais, tais como alimento e roupa, serão ouvidos favoravelmente. Jesus disse: “Persisti . . . em buscar primeiro o reino [de Deus] e a Sua justiça, e todas estas outras coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:26-33) Buscar a justiça de Deus é um desafio, visto que todos nós somos pecaminosos e precisamos de perdão. (Romanos 5:12) O Pai-Nosso também trata desse assunto.

Nossas orações e o perdão

“Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores.”(Mateus 6:12) No registro que Lucas fez do Pai-Nosso, essas “dívidas” se referem aos “pecados”. (Lucas 11:4) Será que Jeová realmente perdoará os nossos pecados?

Embora o Rei Davi, do Israel antigo, tivesse cometido sérios pecados, ele estava arrependido e orou com confiança: “Tu, ó Jeová, és bom e estás pronto a perdoar; e é abundante a benevolência para com todos os que te invocam.” (Salmo 86:5) Que idéia consoladora! Nosso Pai celestial está “pronto a perdoar” os pecados dos que o invocam arrependidos. Com a mesma certeza de que uma dívida pode ser totalmente cancelada, da mesma forma Jeová Deus pode perdoar completamente os nossos pecados.

Jó orando

Se nós, assim como Jó, perdoamos os que pecam contra nós, podemos ser beneficiados pela misericórdia de Deus

No entanto, Jesus mencionou uma condição: para sermos perdoados por Deus temos de perdoar os outros. (Mateus 6:14, 15) Embora o justo Jó tenha sido maltratado por três amigos, ele os perdoou e até orou por eles. (Jó 42:10) Se perdoarmos os que pecam contra nós, agradaremos a Deus e estaremos na condição de ser beneficiados pela misericórdia dele.

A disposição de Deus de ouvir as nossas petições deve induzir-nos a procurar a sua aprovação. E podemos fazer isso, embora sejamos imperfeitos. (Mateus 26:41) Também nesse ponto Jeová pode ajudar-nos, conforme Jesus mostrou no importante pedido que conclui a oração-modelo.


Pedir ajuda para adotar um proceder justo

Mulher orando
Deus nos ajuda também a resistir ao Diabo

“Não nos leves à tentação, mas livra-nos do iníquo.”(Mateus 6:13) Jeová não nos abandona numa tentação, nem nos faz cair no pecado. Sua Palavra declara: “Por coisas más, Deus não pode ser provado, nem prova ele a alguém.” (Tiago 1:13) Deus permite que sejamos tentados, mas ele pode livrar-nos do Grande Tentador — o “iníquo”, conhecido como Satanás, o Diabo.

O apóstolo Pedro aconselhou os seus irmãos: “Mantende os vossos sentidos, sede vigilantes. Vosso adversário, o Diabo, anda em volta como leão que ruge, procurando a quem devorar.” (1 Pedro 5:8) De fato, Satanás tentou até mesmo o homem perfeito Jesus Cristo! Qual era o objetivo do Diabo? Desviar Jesus da adoração pura de Jeová Deus. (Mateus 4:1-11) Se você está procurando servir a Deus, o objetivo de Satanás é devorá-lo também!

Por meio do mundo que está sob o seu controle, o Diabo pode nos tentar a praticar coisas que Deus desaprova. (1 João 5:19) Por isso é vital que recorramos regularmente a Deus em busca de ajuda, especialmente quando nos confrontamos com uma tentação persistente. E se adorarmos a Jeová segundo a sua Palavra inspirada, a Bíblia, ele nos libertará por ajudar-nos a resistir ao Diabo. “Deus é fiel”, nos diz a Bíblia, “e ele não deixará que sejais tentados além daquilo que podeis agüentar”.1 Coríntios 10:13.

É essencial termos fé em Deus

Como é animador saber que o nosso Pai celestial está interessado em cada um de nós! Até mesmo providenciou que seu Filho, Jesus Cristo, nos ensinasse a orar. Isso certamente nos motiva a querer agradar a Jeová Deus. Como podemos fazer isso?

A Bíblia declara: “Sem fé é impossível agradar-lhe bem, pois aquele que se aproxima de Deus tem de crer que ele existe e que se torna o recompensador dos que seriamente o buscam.” (Hebreus 11:6) Como se consegue ter essa fé? “A fé segue à coisa ouvida”, diz a Bíblia. (Romanos 10:17) As Testemunhas de Jeová têm muito prazer em falar sobre assuntos bíblicos com todos os que anseiam servir a Deus com verdadeira fé.

Esperamos que esta consideração da oração do Pai-Nosso tenha aprofundado seu apreço pelo significado dela. Obter mais conhecimento sobre Jeová e sobre as recompensas que ele promete aos “que seriamente o buscam” fortalecerá a sua fé em Deus. Aprenda mais sobre ele e os seus propósitos para que você possa ter para sempre um relacionamento achegado com o seu Pai celestial. João 17:3.


Será que o bem vencerá o mal?

Mãe preocupada segurando seu filho

O bem e o MAL lado a lado

TALVEZ pareça que poucas pessoas no mundo de hoje estejam dispostas a dar de si mesmas. Alguns, no entanto, querem fazer algo para deixar o mundo melhor, ou seja, fazer o bem de alguma forma. Inúmeras pessoas contribuem todos os anos bilhões de dólares para o que consideram ser boas causas. Na Grã-Bretanha, por exemplo, doações para instituições de caridade chegaram a 13 bilhões de dólares em 2002. Desde 1999, dez filantropos generosos deram, ou prometeram dar, mais de 38 bilhões de dólares para ajudar os necessitados.

Algumas boas ações realizadas por benfeitores são: pagar despesas médicas de famílias com renda baixa, auxiliar na educação e orientação de crianças criadas só pela mãe ou pelo pai, financiar programas de imunização nos países em desenvolvimento, doar às crianças o primeiro livro, fornecer animais a pequenos agricultores de países pobres para que formem seu próprio rebanho e fornecer itens de ajuda humanitária para as vítimas de desastres naturais.

Tudo isso que foi mencionado mostra que os homens têm a capacidade de fazer o bem. Por outro lado, infelizmente há quem consiga cometer maldades indescritíveis.

A escalada do mal

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, houve quase 50 casos documentados de genocídio ou assassinato em massa por motivos políticos. “Esses episódios”, declara a revista American Political Science Review, “ceifaram a vida de pelo menos 12 milhões de civis, mas esse número pode ter chegado a 22 milhões — mais do que todas as vítimas nas guerras nacionais e internacionais desde 1945”.

Na última metade do século 20, cerca de 2 milhões de pessoas foram mortas no Camboja por motivos políticos. O ódio étnico em Ruanda foi responsável pela morte de mais de 800 mil homens, mulheres e crianças. Mais de 200 mil pessoas foram assassinadas por causa de religião ou política na Bósnia.

Ao identificar atos mais recentes de maldade, o secretário-geral das Nações Unidas disse em 2004: “Vemos no Iraque não só civis sendo massacrados a sangue frio, mas também voluntários da ajuda humanitária, jornalistas e outros não-militares sendo levados como reféns e mortos de modo bárbaro. Ao mesmo tempo, prisioneiros iraquianos são maltratados de maneira infame. Em Darfur, populações inteiras são deslocadas e seus lares destruídos, e o estupro é usado como tática deliberada. No norte de Uganda, vê-se crianças mutiladas e forçadas a praticar atos de crueldade horríveis. Em Beslan, crianças são tomadas como reféns e depois mortas brutalmente.”

Até mesmo nos países desenvolvidos, parece que os crimes praticados por causa de preconceito étnico, social ou religioso estão crescendo. Por exemplo, o Independent News divulgou em 2004 que a Grã-Bretanha presenciou “na última década um aumento de 11 vezes no número de vítimas de ataques ou abusos por motivos raciais”.

Por que o homem, que tem capacidade de fazer tanto bem, comete esses atos de perversidade? Será que algum dia ficaremos livres do mal? Conforme mostra opróximo artigo, a Bíblia dá respostas satisfatórias a essas perguntas intrigantes.

1. Soldados num caminhão; 2. Explosão; 3. Soldado

De que forma o BEM vence o mal


O Rei Davi era um homem bom. Ele tinha profundo amor por Deus, anseio pela justiça e cuidado amoroso pelos menos favorecidos. Mas esse mesmo rei bom cometeu adultério com Bate-Seba, esposa de um de seus homens de confiança. Quando Davi ficou sabendo que ela estava grávida dele, acabou maquinando o assassinato do marido. Chegou a se casar com Bate-Seba numa tentativa de encobrir os seus crimes. — 2 Samuel 11:1-27.

EVIDENTE que o homem tem a capacidade de fazer o bem. Por que, então, pratica tanta maldade? A Bíblia identifica os motivos básicos disso. Revela também como Deus eliminará a maldade de uma vez por todas por meio de Cristo Jesus.

Inclinação para o mal

O próprio Rei Davi identificou uma das causas do mal. Depois de seus erros terem sido revelados, arcou com a responsabilidade por eles. Arrependido, escreveu: “Eis que em erro fui dado à luz com dores de parto, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Salmo 51:5) Nunca foi do propósito de Deus que as mães concebessem filhos pecadores. No entanto, quando Eva e depois Adão decidiram rebelar-se contra Deus, perderam a capacidade de produzir filhos sem pecado. (Romanos 5:12) À medida que a raça humana foi aumentando, ficou evidente que “a inclinação do coração do homem é má desde a sua mocidade”. — Gênesis 8:21.

Se não for controlada, essa inclinação para o mal resulta em “fornicação, . . . inimizades, rixa, ciúme, acessos de ira, contendas, divisões, seitas, invejas” e outras atitudes corrompedoras, descritas pela Bíblia como “obras da carne”. (Gálatas 5:19-21) No caso do Rei Davi, ele sucumbiu à fraqueza carnal e cometeu fornicação, que resultou em conflitos violentos. (2 Samuel 12:1-12) Ele poderia ter resistido à inclinação imoral. Em vez disso, por ter alimentado seu desejo por Bate-Seba, Davi seguiu o padrão descrito mais tarde pelo discípulo Tiago: “Cada um é provado por ser provocado e engodado pelo seu próprio desejo. Então o desejo, tendo-se tornado fértil, dá à luz o pecado; o pecado, por sua vez, tendo sido consumado, produz a morte.” — Tiago 1:14, 15.

Os genocídios, estupros e saques mencionados no artigo anterior são exemplos extremos do que acontece quando as pessoas permitem que os desejos errados controlem suas ações.

A ignorância alimenta o mal

Paulo vivenciou certas situações que ilustram bem por que as pessoas fazem coisas más. No fim de sua vida, Paulo tinha conquistado a reputação de ser um homem gentil e cortês. Ele havia se dedicado sem reservas ao serviço em prol de seus irmãos cristãos. (1 Tessalonicenses 2:7-9) Antes disso, porém, ele era conhecido pelo nome de Saulo e ‘ameaçava de morte’ os membros desse mesmo grupo. (Atos 9:1, 2) Por que Paulo tolerava e participava nesses atos praticados contra os primeiros cristãos? “Porque eu era ignorante”, disse ele. (1 Timóteo 1:13) Anteriormente, Paulo tinha “zelo de Deus, mas não segundo o conhecimento exato”. — Romanos 10:2.

Saulo fez vistas grossas ao mal porque não tinha conhecimento exato

Saulo tolerando o assassinato de um cristão

Muitas pessoas sinceras, assim como Paulo, praticaram coisas más por falta do conhecimento exato da vontade de Deus. Por exemplo, Jesus alertou a seus seguidores: “Vem a hora em que todo aquele que vos matar imaginará que tem prestado um serviço sagrado a Deus.” (João 16:2) As Testemunhas de Jeová da atualidade conhecem por experiência própria a veracidade das palavras de Jesus. Elas têm sido perseguidas e até assassinadas por pessoas que alegam servir a Deus. Obviamente, o Deus verdadeiro não está feliz com esse zelo mal orientado. — 1 Tessalonicenses 1:6.

O causador do mal

Jesus identificou a principal causa da existência do mal. Falando aos líderes religiosos que estavam determinados a matá-lo, Jesus disse: “Vós sois de vosso pai, o Diabo, e quereis fazer os desejos de vosso pai. Esse foi um homicida quando começou.” (João 8:44) Foi Satanás que, por motivos egoístas, induziu Adão e Eva a se rebelarem contra Deus. Essa rebelião introduziu o pecado — e, conseqüentemente, a morte — a toda a humanidade.

O temperamento assassino de Satanás ficou ainda mais evidente na forma como ele lidou com Jó. Quando Jeová lhe deu permissão para testar a integridade de Jó, ele não ficou satisfeito de tirar todos os seus bens. Ele também provocou a morte dos dez filhos de Jó. (Jó 1:9-19) A humanidade vem presenciando nas últimas décadas uma escalada do mal, não só por causa da imperfeição e ignorância humanas, mas também em resultado da crescente interferência de Satanás nos assuntos humanos. A Bíblia revela que o Diabo “foi lançado para baixo, à terra, e os seus anjos foram lançados para baixo junto com ele”. Essa mesma profecia predisse com exatidão que a restrição de Satanás aos domínios terrestres causaria aflições na Terra sem precedentes. Visto que não pode obrigar as pessoas a fazer coisas más, Satanás é mestre em ‘desencaminhar toda a terra habitada’. — Revelação (Apocalipse) 12:9, 12.

Remoção da tendência para o mal

Para que o mal seja removido permanentemente da sociedade humana, algumas questões precisam ser solucionadas, como a tendência inata do homem para a maldade, sua falta de conhecimento exato e a influência de Satanás. Em primeiro lugar, de que forma a tendência inata para o mal pode ser removida do coração do homem?

Nenhum cirurgião nem remédio algum conseguiriam fazer isso. Jeová Deus, no entanto, providenciou uma cura para o pecado e a imperfeição. Ela está disponível para os que estão dispostos a aceitá-la. O apóstolo João escreveu: “O sangue de Jesus . . . purifica-nos de todo o pecado.” (1 João 1:7) Quando voluntariamente ofereceu sua vida, o perfeito homem Jesus “levou os nossos pecados no seu próprio corpo, no madeiro, a fim de que acabássemos com os pecados e vivêssemos para a justiça”. (1 Pedro 2:24) A morte sacrificial de Jesus compensaria os efeitos do mau comportamento de Adão. Paulo declara que Cristo Jesus se tornou um “resgate correspondente por todos”. (1 Timóteo 2:6) A morte de Cristo abriu caminho para que todos os homens obtivessem de novo a perfeição que Adão havia perdido.

Talvez você queira saber por que a maldade e a morte ainda existem se a morte de Jesus há uns 2.000 anos possibilitou que todos os homens obtivessem de novo a perfeição. Encontrar a resposta para essa pergunta pode ajudar a entender o segundo motivo da existência do mal: a ignorância do homem sobre os propósitos de Deus.

A bondade floresce em meio ao conhecimento exato

Adquirir o conhecimento exato do que Jeová e Jesus estão fazendo agora para eliminar o mal pode evitar que uma pessoa sincera, sem se dar conta, faça vistas grossas a atitudes maldosas, ou pior ainda, ‘realmente se torne um lutador contra Deus’. (Atos 5:38, 39) Jeová Deus está disposto a não levar em conta os erros passados que foram cometidos na ignorância. Falando em Atenas, o apóstolo Paulo disse: “Deus não tem tomado em conta os tempos de tal ignorância, no entanto, agora ele está dizendo à humanidade que todos, em toda a parte, se arrependam. Porque ele fixou um dia em que se propôs julgar em justiça a terra habitada, por meio dum homem a quem designou, e ele tem fornecido garantia a todos os homens, visto que o ressuscitou dentre os mortos.” — Atos 17:30, 31.

Paulo sabia por experiência própria que Jesus havia sido levantado dentre os mortos, pois o próprio ressuscitado Jesus falou com ele e o impediu de continuar perseguindo os primeiros cristãos. (Atos 9:3-7) Depois de ter recebido conhecimento exato dos propósitos de Deus, Paulo mudou e se tornou uma pessoa genuinamente bondosa, em imitação a Cristo. (1 Coríntios 11:1; Colossenses 3:9, 10) Além disso, ele zelosamente pregou as “boas novas do reino”. (Mateus 24:14) Nos quase 2.000 anos depois de sua morte e ressurreição, Jesus Cristo selecionou dentre a humanidade aqueles que, assim como Paulo, reinarão com ele em seu Reino. — Revelação 5:9, 10.

Durante o século passado até os dias de hoje, as Testemunhas de Jeová vêm cumprindo de modo zeloso a ordem de Jesus: “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei.” (Mateus 28:19, 20) Os que aceitam essa mensagem têm a perspectiva de viver para sempre na Terra sob o governo celestial de Cristo. Jesus disse: “Isto significa vida eterna, que absorvam conhecimento de ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que enviaste, Jesus Cristo.” (João 17:3) Ajudar alguém a adquirir esse conhecimento é o maior ato de bondade que se pode fazer por outras pessoas.

Os que aceitam essas boas novas do Reino demonstram qualidades como “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio”, apesar de todo o mal que os cerca. (Gálatas 5:22, 23) Imitando a Jesus, ‘não retribuem a ninguém mal por mal’. (Romanos 12:17) Esforçam-se em base individual para continuar ‘vencendo o mal com o bem’. — Romanos 12:21; Mateus 5:44.

Casal considerando um versículo bíblico com um homem

Ajudar alguém a adquirir conhecimento exato de Deus é o maior ato de bondade que se pode fazer por outra pessoa



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A vitória derradeira contra o mal

Os humanos sozinhos nunca vão conseguir vencer o maior fomentador do mal: Satanás, o Diabo. Mas, em breve, Jeová vai usar Jesus para esmagar a cabeça de Satanás. (Gênesis 3:15; Romanos 16:20) Jeová também vai orientar Cristo Jesus a ‘esmiuçar e pôr termo’ a todos os sistemas políticos, muitos dos quais têm praticado tanto mal ao longo da história da humanidade. (Daniel 2:44; Eclesiastes 8:9) Nesse dia de julgamento, que ainda está por vir, todos ‘os que não obedecerem às boas novas acerca de nosso Senhor Jesus serão submetidos à punição judicial da destruição eterna’. — 2 Tessalonicenses 1:8, 9; Sofonias 1:14-18.

Depois que Satanás e seus apoiadores forem eliminados, Jesus vai ajudar dos céus os sobreviventes a recuperar o estado original da Terra. Cristo também vai ressuscitar os que forem dignos de ter a oportunidade de viver na Terra restaurada. (Lucas 23:32, 39-43; João 5:26-29) Ao fazer isso, ele vai anular alguns dos efeitos do mal que o homem sofreu.

Jeová não vai obrigar as pessoas a obedecer às boas novas sobre Jesus. Em vez disso, ele está dando oportunidade para que elas adquiram conhecimento que conduz à vida eterna. É importantíssimo que você tire proveito agora dessa oportunidade! (Sofonias 2:2, 3) Se fizer isso, você aprenderá a lidar com qualquer maldade que sofra na vida. Verá também como, por fim, Cristo vencerá o mal. — Revelação 19:11-16; 20:1-3, 10; 21:3, 4.

Haverá algum dia amor entre todas as pessoas?

MILHÕES de pessoas se sentem perdidas e desanimadas, sem saber o que fazer. Uma mulher de negócios, aposentada, disse: ‘Certa noite, uma viúva, que morava no mesmo andar que eu, bateu na minha porta e disse que se sentia solitária. Eu lhe disse com jeito mas enfaticamente que estava ocupada. Ela pediu desculpas por me ter incomodado e foi embora.’

Lamentavelmente, naquela mesma noite, essa viúva suicidou-se. Depois, a mulher de negócios disse que havia aprendido uma “lição dura”.

A falta de amor ao próximo muitas vezes é trágica. Durante os conflitos étnicos na Bósnia e Herzegovina, anteriormente partes da Iugoslávia, mais de um milhão de pessoas foram obrigadas a abandonar seus lares, e dezenas de milhares foram mortas. Por quem? “Por nossos vizinhos”, lamentou uma moça, que fora expulsa da sua aldeia. “Eram nossos conhecidos.”

Em Ruanda, centenas de milhares de pessoas foram mortas, freqüentemente pelos seus vizinhos. “Hutus e tutsis [conviviam], casando-se entre si, não se preocupando, ou nem mesmo sabendo, quem era hutu e quem era tutsi”, relatou o jornal The New York Times. “Daí aconteceu uma reviravolta” e “começaram as matanças”.

De forma similar, judeus e árabes vivem lado a lado, no entanto, muitos odeiam uns aos outros. A mesma situação existe entre muitos católicos e protestantes na Irlanda e entre um número cada vez maior de pessoas em outros países. Nunca antes na História houve tanta falta de amor no mundo.

Por que esfriou o amor ao próximo?

Nosso Criador fornece a resposta. A sua Palavra, a Bíblia, chama o tempo em que vivemos de os “últimos dias”. Este é o período no qual, segundo a profecia bíblica, as pessoas estariam “sem afeição natural”. Referente a estes “tempos críticos, difíceis de manejar”, nas Escrituras também chamados de “terminação do sistema de coisas”, Jesus Cristo predisse que ‘o amor da maioria se esfriaria’. — 2 Timóteo 3:1-5; Mateus 24:3, 12.

A atual falta de amor, portanto, é parte da evidência de que vivemos nos últimos dias deste mundo. Felizmente, isso também significa que este mundo de pessoas ímpias em breve será substituído por um novo mundo justo, governado pelo amor. —Mateus 24:3-14; 2 Pedro 2:5; 3:7, 13.

Mas, será que temos mesmo motivos para crer que tal mudança é possível — que todos podem aprender a amar uns aos outros e a viver juntos em paz?

“QUEM é realmente o meu próximo?” perguntou a Jesus um advogado do primeiro século. Sem dúvida, esperava que Jesus dissesse: ‘Os outros judeus.’ Mas, contando uma história sobre um samaritano prestativo, Jesus mostrou que pessoas de outras nacionalidades também são nosso próximo. — Lucas 10:29-37;João 4:7-9.

Jesus salientou que, depois do amor a Deus, nossa vida deve ser governada pelo amor ao próximo. (Mateus 22:34-40) Mas, será que já houve algum grupo de pessoas que realmente amou seu próximo? Os cristãos do primeiro século! Eles eram conhecidos pelo amor que tinham aos outros. — João 13:34, 35.

Que dizer de hoje em dia? Pratica alguém o amor semelhante ao de Cristo? A Encyclopedia Canadiana menciona: “A obra das Testemunhas de Jeová é o reavivamento e o restabelecimento do cristianismo primitivo praticado por Jesus e seus discípulos . . . Todos são irmãos.”

O que significa isso? Significa que as Testemunhas de Jeová não permitem que nada — nem raça, nem nacionalidade, nem origem étnica — os induza a odiar seu próximo. Nem matarão alguém, porque, em sentido figurativo, já forjaram das suas espadas relhas de arado, e das suas lanças, podadeiras. (Isaías 2:4) As Testemunhas, na realidade, são conhecidas por tomarem a iniciativa em ajudar seu próximo. — Gálatas 6:10.

Não é de admirar que o jornal Sacramento Union observasse: “Bastaria dizer que, se todo o mundo vivesse segundo o credo das Testemunhas de Jeová, haveria fim do derramamento de sangue e do ódio, e o amor reinaria como rei.” Um escritor observou na revista Ring, da Hungria: “Cheguei à conclusão de que, se as Testemunhas de Jeová fossem os únicos a viver na Terra, deixaria de haver guerras, e o único dever dos policiais seria o de controlar o trânsito e de emitir passaportes.”

Deve-se admitir, porém, que precisa haver uma mudança mundial, se todos hão de amar uns aos outros. Como virá esta mudança?

UMA oração ensinada por Jesus Cristo mostra que é iminente uma dramática mudança. No seu famoso Sermão do Monte, Jesus ensinou-nos a orar: “Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, como no céu, assim na terra.” — Mateus 6:10, Pontifício Instituto Bíblico.

O que é o Reino de Deus? É um governo real, que governa desde o céu. Por isso é chamado de “o reino dos céus”. Jesus, o “Príncipe da Paz”, foi designado pelo seu Pai para ser o governante do reino. — Mateus 10:7; Isaías 9:6, 7; Salmo 72:1-8.

Quando o Reino de Deus vier, o que acontecerá a este mundo cheio de ódio? O “reino . . . esmiuçará e porá termo” a todos os governos corruptos deste mundo. (Daniel 2:44) A Bíblia explica: “O mundo está passando . . . mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” — 1 João 2:17.

A Bíblia diz a respeito do novo mundo de Deus: “Os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela para todo o sempre.” (Salmo 37:9-11, 29;Provérbios 2:21, 22) Que época gloriosa essa será! “Não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor.” (Revelação [Apocalipse] 21:4) Até mesmo os mortos viverão outra vez, e toda a Terra será transformada literalmente num paraíso. — Isaías 11:6-9; 35:1, 2;Lucas 23:43; Atos 24:15.

Para vivermos no novo mundo de Deus, temos de amar uns aos outros, como Deus nos ensina a fazer. (1 Tessalonicenses 4:9) Um estudante oriental da Bíblia disse: “Aguardo o tempo em que, conforme a Bíblia promete, todas as pessoas terão aprendido a amar o próximo.” E podemos ter a certeza de que Deus cumprirá suas promessas! “Eu até mesmo o falei”, diz ele, “também o farei”. — Isaías 46:11.

Mas, para usufruir as bênçãos sob o Reino de Deus, é preciso que adquira conhecimento da Bíblia, assim como estão fazendo milhões de pessoas sinceras em todo o mundo. (João 17:3) A brochura O Que Deus Requer de Nós?, de 32 páginas, lhe será de ajuda nisso.


Aquecimento global — O planeta Terra está em perigo?

“O aquecimento global [é] a maior prova com que já nos defrontamos”, afirmou a revista National Geographic de outubro de 2007. Segundo a revista, só seremos bem-sucedidos em enfrentar esse desafio se “agirmos com rapidez e decisão — e com uma maturidade que raramente demonstramos enquanto sociedade ou espécie”.

Será que os humanos mostrarão essa maturidade? Há muitos fatores contra ela: apatia, ganância, ignorância, interesses egoístas, empenho por riquezas em países em desenvolvimento e o descaso de milhões de pessoas que querem manter um estilo de vida que consome muita energia.

Um profeta de Deus, do passado, fez uma avaliação realista de nossa capacidade de resolver problemas éticos, sociais e governamentais. Ele escreveu: “Não é do homem terreno o seu caminho. Não é do homem que anda o dirigir o seu passo.” (Jeremias 10:23) A trágica história da humanidade comprova que essas palavras são verdadeiras. E hoje, apesar dos desenvolvimentos significativos na ciência e na tecnologia, nos confrontamos com ameaças que antes eram impensáveis. Assim, até que ponto podemos confiar que o amanhã será melhor?

É verdade que muito já se falou sobre resolver o problema das mudanças climáticas e de outras tendências prejudiciais, mas pouco tem sido feito. Por exemplo, como as nações reagiram em 2007 quando a Passagem do Noroeste tornou-se navegável pela primeira vez? “Com uma correria ilógica a fim de apropriar-se de áreas expostas da plataforma continental para [poderem] perfurá-la em busca de mais petróleo e gás”, respondeu um editorial na revista New Scientist.

Há quase 2 mil anos, a Bíblia predisse com exatidão que os humanos ‘arruinariam a Terra’. (Revelação [Apocalipse] 11:18) Não há dúvida de que o mundo precisa de um líder com a sabedoria e o poder para alcançar objetivos desejados, e de súditos que se sujeitem a ele. Será que algum líder político ou cientista, sincero e brilhante, poderá cumprir esse papel? A Bíblia responde: “Não confieis nos nobres, nem no filho do homem terreno, a quem não pertence a salvação.” — Salmo 146:3.

ALÉM DO ALCANCE DA CIÊNCIA

Apesar de estarem bem a par dos riscos envolvidos, milhões de pessoas prejudicam a mente e o corpo por usar drogas recreativas, abusar do álcool e fumar. Para elas, a vida é tudo, menos um presente sagrado de Deus. (Salmo 36:9; 2 Coríntios 7:1) Infelizmente, essa mesma atitude é demonstrada com relação à Terra, aumentando os problemas ambientais.

Então, qual é a solução? Será que a ciência e a educação acadêmica podem resolver esses problemas? Na verdade, não. Um problema de natureza espiritual precisa de uma solução espiritual. A Bíblia apóia esse fato. Assim, ela promete que virá o tempo em que os humanos ‘não farão dano, nem causarão ruína’ à Terra porque ela vai “encher-se do conhecimento de Jeová assim como as águas cobrem o próprio mar”. — Isaías 11:9.

O futuro da Terra — em boas mãos!

Só existe um Líder que pode resolver os problemas com que o mundo se confronta. A respeito desse Líder, a Bíblia predisse: “Sobre ele terá de pousar o espírito de Jeová [Deus], o espírito de sabedoria e de compreensão, o espírito de conselho e de potência, o espírito de conhecimento e do temor de Jeová . . . Terá de julgar com justiça os de condição humilde . . . e ao iníquo entregará à morte com o espírito de seus lábios.” — Isaías 11:2-5.

A quem se refere essa profecia? A ninguém mais senão Jesus Cristo, que amorosamente entregou sua vida por nós. (João 3:16) Jesus, que agora é uma poderosa criatura espiritual, recebeu de Deus autoridade e poder para governar a Terra. — Daniel 7:13, 14; Revelação 11:15.

O vasto conhecimento de Jesus sobre a criação de Deus, que adquiriu antes de vir à Terra, o torna ainda mais qualificado. De fato, muito tempo atrás, quando Deus formou o Universo físico, Jesus foi seu “mestre-de-obras”. (Provérbios 8:22-31) Pense nisto: Jesus, a mesmíssima pessoa que ajudou a criar a Terra e todas as criaturas vivas, tomará a dianteira em desfazer os danos causados pela má administração humana.

Quem serão os súditos de Cristo? Pessoas realmente mansas e justas que conhecem o Deus verdadeiro, Jeová, e obedecem a Jesus Cristo como Governante. (Salmo 37:11, 29; 2 Tessalonicenses 1:7, 8) Jesus disse que elas “herdarão a terra”, que será transformada num paraíso. — Mateus 5:5; Isaías 11:6-9; Lucas 23:43.

O que você precisa fazer para ver o cumprimento das promessas da Bíblia? O próprio Jesus responde: “Isto significa vida eterna, que absorvam conhecimento de ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que enviaste, Jesus Cristo.” — João 17:3.

Pode até parecer que nosso planeta está em perigo, mas não há dúvida de que esse lar da humanidade nunca deixará de existir. Na verdade, são aqueles que continuam a desrespeitar a criação de Deus e se recusam a obedecer a Jesus Cristo que estão em perigo. Assim, as Testemunhas de Jeová incentivam você a absorver o conhecimento que conduz à vida eterna.

Sob o governo de Cristo, os justos participarão em transformar a Terra em um paraíso global.

Pessoas vivendo no paraíso
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Como ter um casamento bem-sucedido?

Casal feliz

O casamento pode ser comparado a uma viagem com muitas surpresas; algumas excelentes, outras dolorosas. Condições imprevistas da “estrada” podem apresentar obstáculos inesperados; alguns talvez pareçam intransponíveis. Mesmo assim, muitos casais são felizes e bem-sucedidos nessa viagem apesar de alguns problemas menores. De fato, ter sucesso no casamento não é uma questão de quantos altos e baixos surgem, mas de como os casais lidam com eles.

Em sua opinião, o que pode tornar a viagem do casamento bem-sucedida e agradável? Muitos casais sentem a necessidade de um “mapa rodoviário matrimonial” para guiá-los. O “mapa” mais confiável e abalizado para o casamento é fornecido pelo Originador dessa união, Jeová Deus. Mas sua Palavra inspirada, a Bíblia Sagrada, não é um talismã. Em vez disso, ela contém orientações práticas que precisam ser seguidas para se ter sucesso no casamento. — Salmo 119:105;Efésios 5:21-33; 2 Timóteo 3:16.

A Bíblia contém placas de sinalização — princípios essenciais — que podem ajudar você a tornar a viagem do casamento bem-sucedida e feliz. Veja alguns exemplos:

Considere o casamento sagrado. “O que Deus pôs sob o mesmo jugo, não o separe o homem.” (Mateus 19:6) O Criador originou o casamento quando uniu Adão, o primeiro homem, e Eva, que se tornou sua esposa. (Gênesis 2:21-24) Jesus Cristo, que em sua existência pré-humana havia testemunhado essa união, confirmou que ela era o começo de um relacionamento permanente. Ele disse: “Não lestes que aquele que os criou desde o princípio os fez macho e fêmea, e disse: ‘Por esta razão deixará o homem seu pai e sua mãe, e se apegará à sua esposa, e os dois serão uma só carne’? De modo que não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus pôs sob o mesmo jugo, não o separe o homem.” —Mateus 19:4-6.

Ao dizer “o que Deus pôs sob o mesmo jugo”, Jesus não estava sugerindo que os casamentos são feitos no céu. Ele estava confirmando que a relação marital foi instituída pelo próprio Deus e que, por isso, deveria ser considerada sagrada.*

Naturalmente, maridos e esposas não gostariam de estar “sob o mesmo jugo” numa convivência fria, sem amor. Pelo contrário, desejam ter um casamento bem-sucedido em que os dois são felizes. Se aplicarem os conselhos práticos da Bíblia, terão alegria em estar “sob o mesmo jugo”.

Visto que todos nós somos imperfeitos, mal-entendidos e desacordos são inevitáveis. No entanto, muitas vezes ter um casamento bem-sucedido não depende tanto da compatibilidade do casal, mas sim de como lidam com a incompatibilidade. Portanto, uma das habilidades mais importantes num casamento é a de resolver os desacordos com amor, que “une perfeitamente todas as coisas”. — Colossenses 3:14, Bíblia Fácil de Ler.

Mostre respeito ao falar. “Existe aquele que fala irrefletidamente como que com as estocadas duma espada, mas a língua dos sábios é uma cura.” (Provérbios 12:18) Pesquisadores descobriram que a maioria das conversas terminam do jeito que começam. Isso quer dizer que, se uma conversa começa de modo respeitoso, é bem provável que termine do mesmo jeito. Por outro lado, sabemos como pode ser doloroso quando uma pessoa que amamos não pensa antes de falar conosco. Assim, ore sobre o assunto e se esforce para falar com dignidade, respeito e afeição. (Efésios 4:31) Haruko,# uma japonesa casada há 44 anos, explica: “Apesar de notarmos as imperfeições um do outro, tentamos nos tratar com respeito. Isso tem nos ajudado a ter um casamento bem-sucedido.”

Casal conversando sobre um problema familiar

Quando precisar conversar sobre um problema

  • Escolha uma hora em que nenhum dos dois esteja cansado.
  • Evite criticar; seja positivo com seu cônjuge.
  • Não interrompa; enquanto um fala, o outro ouve.
  • Leve em consideração os sentimentos de seu cônjuge.
  • Expresse empatia mesmo que discordem.
  • Seja razoável e flexível.
  • Mostre humildade por pedir perdão quando estiver errado.
  • Expresse apreço e afeição.

Cultive bondade e compaixão. “Tornai-vos benignos uns para com os outros, ternamente compassivos.” (Efésios 4:32) Quando há sérios desentendimentos, é fácil a raiva gerar mais raiva. Annette, na Alemanha, bem casada há 34 anos, admite: “Sob pressão, não é fácil manter a calma. A tendência é dizer coisas que irritam a outra pessoa, o que só piora a situação.” Mas, por se empenhar em ser bondoso e compassivo, você contribuirá bastante para uma viagem mais tranqüila rumo a um casamento pacífico.

Demonstre humildade. ‘Não faça nada por briga ou por egotismo, mas, com humildade mental, considere os outros superiores a você.’ (Filipenses 2:3) Muitas discussões no casamento ocorrem por causa do orgulho; um tenta culpar o outro pelos problemas em vez de humildemente procurar meios de facilitar as coisas. Nessas horas, a humildade mental pode ajudá-lo a controlar a tendência de sempre querer ter razão.

Não se ofenda com facilidade. “Não te precipites no teu espírito em ficar ofendido.” (Eclesiastes 7:9) Tente evitar a tendência de rejeitar o ponto de vista de seu cônjuge ou de ir logo se defendendo quando algo que você fez ou disse for questionado. Escute e leve em consideração o que está sendo dito. Pense com cuidado antes de responder. Muitos casais aprendem bem tarde na vida que é muito melhor ganhar um coração do que uma discussão.

Saiba quando ficar quieto. “[Seja] rápido no ouvir, vagaroso no falar, vagaroso no furor.” (Tiago 1:19) A boa comunicação sem dúvida é uma das “placas” mais importantes na estrada para a felicidade no casamento. Então, por que a Bíblia diz que há um “tempo para ficar quieto”? (Eclesiastes 3:7) Esse tempo serve para ouvir com o objetivo de entender o que está sendo dito — uma parte vital da comunicação, que envolve descobrir o que a outra pessoa realmente está sentindo e o motivo disso.

Casal lavando louças juntos

Para ter um casamento bem-sucedido

  • Apegue-se às verdades bíblicas que fortalecem o casamento.
  • Dedique tempo a seu casamento e a seu cônjuge.
  • Seja caloroso; mostre amor e afeição.
  • Seja de confiança e honre o compromisso do casamento.
  • Seja bondoso e respeitoso.
  • Ajude nas tarefas domésticas.
  • Contribua para que as conversas entre vocês sejam agradáveis.
  • Tenha senso de humor e compartilhe momentos de descontração.
  • Faça contínuo esforço para fortalecer seu casamento.

Ouça com empatia. “Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram.” (Romanos 12:15) A empatia é indispensável para uma comunicação significativa, porque torna possível que você sinta as emoções mais profundas de seu cônjuge. Também ajuda a criar um ambiente em que a opinião e os sentimentos de cada um são tratados com respeito e dignidade. Neusa, uma brasileira casada há 32 anos, disse: “Quando eu e Manuel conversamos sobre nossos problemas, sempre presto bastante atenção para entender seus pensamentos e sentimentos.” Quando seu cônjuge está falando, é “tempo para ficar quieto” e ouvir com empatia.

Tenha o hábito de expressar apreço. “Mostrai-vos gratos.” (Colossenses 3:15) Casamentos bem-sucedidos são aqueles em que o marido faz questão de que a esposa se sinta apreciada, e vice-versa. No entanto, no dia-a-dia, alguns negligenciam esse aspecto vital da comunicação e simplesmente presumem que a outra pessoa se sente valorizada. “A maioria dos casais”, disse a Dra. Ellen Wachtel, “poderiam dar um ao outro aquela sensação de que são apreciados se apenas tentassem fazer isso”.

A esposa, em especial, precisa que o marido reafirme seu amor e faça expressões de apreço por ela. Você, marido, pode contribuir muito para a felicidade no casamento e para o bem-estar de sua esposa, bem como o seu próprio, por se esforçar para expressar apreço pelas qualidades dela e pelas boas coisas que ela faz.

Reafirmações verbais e não-verbais são muito importantes. Um beijo carinhoso, um afago e um sorriso caloroso dizem à esposa mais do que um simples “eu te amo”. Isso a faz ter certeza de que você a considera especial e que precisa dela. Ligue para ela ou mande uma mensagem eletrônica, dizendo “estou com saudade” ou “como está o seu dia?”. Se depois de casado você parou de dizer essas coisas, seria bom voltar a fazer isso. Continue descobrindo o que toca o coração de sua esposa.

As palavras da mãe do Rei Lemuel, do Israel antigo, são bem apropriadas: “Seu marido a elogia. Ele diz: ‘Muitas mulheres são boas esposas, mas você é a melhor de todas.’” (Provérbios 31:1, 28, 29, Nova Tradução na Linguagem de Hoje) Quando foi a última vez que você elogiou sua esposa? E você, esposa, quando foi a última vez que elogiou seu marido?

Perdoe prontamente. “Não se ponha o sol enquanto estais encolerizados.” (Efésios 4:26) Erros no casamento são inevitáveis. Assim, a disposição de perdoar é essencial. Carlos e Mônica, na África do Sul, casados há 43 anos, descobriram que esse conselho bíblico é muito prático. “Tentamos aplicar o princípio de Efésios 4:26”, explica Carlos, “e tentamos perdoar logo um ao outro, pois sabemos que isso agrada a Deus. Assim, ficamos contentes, vamos nos deitar com a consciência limpa e temos um sono tranqüilo”.

De modo sábio, um provérbio antigo diz: “É beleza . . . passar por alto a transgressão.” (Provérbios 19:11) Annette, já mencionada, concorda com isso ao dizer: “É impossível ter um bom casamento sem o perdão.” Ela explica o motivo: “Senão, surge o ressentimento e a desconfiança, e isso envenena o casamento. O perdão fortalece o vínculo entre os dois, que ficam ainda mais achegados.”

Se você deixou seu cônjuge magoado, não pense que isso simplesmente vai passar. Para fazer as pazes, muitas vezes é preciso fazer uma das coisas mais difíceis: admitir o erro. Assim, mostre humildade e procure um meio de dizer algo como: “Sinto muito, meu bem. Eu errei.” Com um pedido de desculpas assim, você conquistará respeito, ajudará a edificar um relacionamento de confiança e aumentará sua paz mental.

Honre o compromisso com seu cônjuge e o casamento. “[O marido e a esposa] não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus pôs sob o mesmo jugo, não o separe o homem.” (Mateus 19:6) Vocês prometeram um ao outro, num voto solene perante Deus e os homens, que permaneceriam juntos apesar de problemas que talvez surgissem.% Mas o compromisso não é só uma obrigação legal. É motivado pelo amor sincero e genuíno, e reflete o respeito e a honra que vocês demonstram um ao outro e a Deus. Assim, nunca enfraqueça sua sagrada relação marital por flertar; limite seu interesse romântico apenas a seu cônjuge. — Mateus 5:28.

A abnegação fortalece o compromisso. ‘Não vise, em interesse pessoal, apenas os seus próprios assuntos, mas também, em interesse pessoal, os dos outros.’ (Filipenses 2:4) Colocar as necessidades e preferências de seu cônjuge em primeiro lugar é um modo de fortalecer o compromisso. Pedro, casado há 20 anos, faz questão de ajudar sua esposa, que tem um emprego de período integral, nos serviços de casa. “Ajudo Rita na preparação da comida, na limpeza e em outras tarefas; assim ela tem tempo e energia para fazer as coisas que gosta.”

Vale a pena o esforço

Às vezes, por causa do grande esforço necessário para ter um casamento feliz, alguns talvez sintam vontade de desistir. Mas não permita que decepções façam você abandonar seu compromisso ou perder tudo que já investiu em seu casamento, ou seja, a distância que já percorreram juntos nessa viagem.

Casal caminhando juntos

Para você pensar

  • O que mais preciso fazer para que meu casamento seja bem-sucedido?
  • Que passos preciso tomar nesse sentido?


Como você pode escolher uma boa tradução da Bíblia?

1. escritor bíblico do passado; 2. homem comparando duas traduções da Bíblia

A BÍBLIA foi originalmente escrita nos idiomas antigos hebraico, aramaico e grego. Portanto, a maioria das pessoas que desejam ler a Bíblia precisam de uma tradução.

Hoje, a Bíblia é o livro mais traduzido em todo o mundo — com partes disponíveis em mais de 2.400 idiomas. Algumas línguas possuem não só uma, mas muitas traduções. Se houver mais de uma tradução disponível em seu idioma, com certeza desejará ler a melhor.

Para fazer uma boa escolha, você precisa saber as respostas às seguintes perguntas: Que tipos de tradução existem? Quais são os aspectos positivos e os negativos de cada tipo de tradução? E por que você deve ter cuidado ao ler certas traduções da Bíblia?

De um extremo a outro

Há uma enorme variedade de estilos de tradução da Bíblia, mas eles se encaixam basicamente em três categorias. As traduções interlineares são um extremo. Essas traduções mostram o texto no idioma original e uma tradução palavra por palavra na língua-alvo.

As traduções parafraseadas são outro extremo. Os tradutores dessas versões reformulam livremente a mensagem da Bíblia da maneira como a entendem e de uma forma que acham que será atraente aos seus leitores.

Uma terceira categoria envolve traduções que procuram achar um meio-termo entre esses dois extremos. Essas versões tentam transmitir o sentido e o estilo das expressões da língua original ao mesmo tempo em que tornam a leitura fácil.

As traduções palavra por palavra são melhores?

Em geral, uma tradução estrita, palavra por palavra, não é a melhor maneira de transmitir o sentido de cada versículo da Bíblia. Por que não? Por várias razões. Veja a seguir duas delas:

1. Não há duas línguas exatamente iguais em gramática, vocabulário e estrutura de sentenças. O professor de hebraico S. R. Driver diz que as línguas “diferem não só na gramática e na etimologia, mas também . . . no modo em que as idéias são construídas numa sentença”. Pessoas que falam línguas diferentes pensam de formas diferentes. O professor Driver continua: “Portanto, as sentenças são formadas de maneiras diferentes em cada idioma.”

Visto que nenhum idioma segue exatamente o mesmo padrão do vocabulário e da gramática das línguas grega e hebraica usadas na Bíblia, uma tradução palavra por palavra seria incompreensível ou poderia até mesmo transmitir o sentido errado. Considere os seguintes exemplos.

Na sua primeira carta, o apóstolo Pedro usou uma expressão que traduzida literalmente seria “cingi os lombos de vossa mente”. (1 Pedro 1:13, The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures [Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas])* Essa expressão se refere à prática de colocar as extremidades da veste comprida debaixo da faixa para facilitar a atividade física. Mas na maioria das línguas uma tradução literal dessa expressão teria pouco sentido. Traduzir essa expressão como “avigorai as vossas mentes para atividade” é um modo mais claro de transmitir o sentido.

Quando escreveu aos romanos, Paulo usou uma expressão grega que literalmente significa “até o espírito fervente”. (Romanos 12:11, Kingdom Interlinear) Essa expressão faz sentido na sua língua? Na verdade, ela significa ser “fervorosos de espírito”.

UM TRECHO DA “TRADUÇÃO INTERLINEAR DO REINO DAS ESCRITURAS GREGAS”, EFÉSIOS 4:14

Um trecho da “Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas”

A coluna à esquerda mostra uma tradução palavra por palavra. A coluna à direita mostra uma tradução do sentido

Num de seus discursos mais famosos, Jesus usou uma expressão que muitas vezes é traduzida por “bem-aventurados os pobres de espírito”. (Mateus 5:3) Mas, em muitas línguas, a tradução literal dessa expressão é obscura. Em alguns casos, uma tradução bem literal até mesmo dá a entender que “os pobres de espírito” são mentalmente instáveis ou lhes faltam vigor e determinação. No entanto, Jesus estava ensinando ali que a felicidade das pessoas dependia não de elas satisfazerem suas necessidades físicas, mas de reconhecerem a necessidade da orientação de Deus. (Lucas 6:20) Assim, traduções como “os cônscios de sua necessidade espiritual” ou “os que reconhecem que precisam de Deus” transmitem o significado dessa expressão de forma mais exata. — Mateus 5:3; Bíblia Fácil de Ler.

2. Dependendo do contexto, o significado de uma palavra ou expressão pode mudar. Por exemplo, a expressão hebraica que normalmente se refere à mão humana pode ter vários significados. Dependendo do contexto, essa palavra pode ser traduzida por “controle”, “liberalidade” ou “poder”. (2 Samuel 8:3; 1 Reis 10:13;Provérbios 18:21) De fato, essa palavra específica é traduzida de mais de 40 maneiras na edição em inglês daTradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.

Visto que o contexto pode influenciar a forma de se traduzir uma palavra, a Tradução do Novo Mundo usa quase 16 mil expressões em inglês para traduzir uns 5.500 termos bíblicos gregos, e mais de 27 mil expressões em inglês para traduzir cerca de 8.500 termos hebraicos.# Por que as palavras são traduzidas de tantas maneiras? A comissão de tradução concluiu que traduzir o sentido mais apropriado dessas palavras de acordo com o contexto era mais importante do que traduzir literalmente palavra por palavra. Mesmo assim, ao traduzir palavras hebraicas e gregas para a língua-alvo, a Tradução do Novo Mundo tentou, sempre que possível, usar as mesmas palavras ou expressões.

Fica claro que a tradução da Bíblia envolve mais do que simplesmente traduzir uma palavra da língua original sempre da mesma maneira. Os tradutores precisam usar de bom critério a fim de escolher palavras que transmitam as idéias do texto original de modo exato e compreensível. Além disso, em sua tradução, precisam organizar as palavras e sentenças respeitando as regras gramaticais da língua-alvo.

Que dizer das traduções livres?

Os tradutores que produzem o que é comumente chamado de Bíblias parafraseadas, ou traduções livres, tomam liberdades ao traduzir o texto original. Como assim? Eles inserem sua opinião sobre o que acham ser o significado do texto original ou omitem algumas informações do texto. As traduções parafraseadas podem ser atraentes porque são fáceis de ler, mas essa liberdade às vezes oculta ou muda o sentido do texto original.

As traduções parafraseadas podem ser atraentes porque são fáceis de ler, mas essa liberdade às vezes oculta ou muda o sentido do texto original

Veja como a famosa oração-modelo de Jesus é traduzida numa Bíblia parafraseada: “Nosso Pai no céu, revela quem tu és.” (Mateus 6:9, The Message: The Bible in Contemporary Language) Uma tradução mais exata das palavras de Jesus verte assim essa passagem: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome.” Observe também como João 17:26 é traduzido em algumas Bíblias. Segundo uma tradução livre, na noite de sua prisão, Jesus orou ao seu pai: “Eu o tornei conhecido a eles.” (Today’s English Version) No entanto, uma tradução mais fiel da oração de Jesus diz: “Eu lhes tenho dado a conhecer o teu nome.” Percebe como alguns tradutores realmente escondem o fato de que Deus tem um nome que deve ser usado e respeitado?

Por que é preciso ter cuidado?

Algumas traduções livres da Bíblia ocultam normas de moral contidas no texto original. Por exemplo, a versãoThe Message: The Bible in Contemporary Language diz em 1 Coríntios 6:9, 10: “Vocês não percebem que esse não é o jeito de viver? Pessoas injustas, que não se importam com Deus, não estarão no seu reino. Aqueles que usam e abusam uns dos outros, usam e abusam do sexo, da Terra e de tudo o que há nela, não se qualificam como cidadãos do reino de Deus.”

Compare essa versão com a tradução mais exata que aparece na Tradução do Novo Mundo: “O quê! Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não sejais desencaminhados. Nem fornicadores, nem idólatras, nem adúlteros, nem homens mantidos para propósitos desnaturais, nem homens que se deitam com homens, nem ladrões, nem gananciosos, nem beberrões, nem injuriadores, nem extorsores herdarão o reino de Deus.” Note que os pormenores descritos pelo apóstolo Paulo sobre exatamente que tipo de conduta deveríamos evitar não são nem mesmo mencionados na tradução livre.

Opiniões pessoais sobre doutrinas também podem influenciar o trabalho de um tradutor. Por exemplo, a Bíblia na Linguagem de Hoje mostra Jesus falando aos seus seguidores: “Entrem pela porta estreita porque a porta larga e o caminho fácil levam para o inferno, e há muitos que andam por esse caminho.” (Mateus 7:13) Os tradutores inseriram a palavra “inferno”, apesar de o relato de Mateus usar claramente “destruição”. Por que fizeram isso? É provável que quisessem promover a idéia de que os maus serão atormentados para sempre, não destruídos.%

Como escolher a melhor tradução

A Bíblia foi escrita nas línguas comuns de pessoas simples como agricultores, pastores de ovelhas e pescadores. (Neemias 8:8, 12; Atos 4:13) Portanto, uma boa tradução da Bíblia torna a sua mensagem acessível a pessoas sinceras, não importando a sua formação. Uma boa tradução também faz o seguinte:

  • Transmite com exatidão a mensagem original inspirada por Deus. — 2 Timóteo 3:16.
  • Traduz literalmente para a língua-alvo o significado exato das palavras, quando a linguagem e a estrutura do texto original permitem isso.
  • Transmite o sentido correto de uma palavra ou frase quando uma tradução literal da expressão original poderia distorcer ou ocultar seu significado.
  • Usa uma linguagem natural e fácil de entender que incentiva à leitura.

Existe uma tradução assim? Milhões de leitores desta revista preferem a Tradução do Novo Mundo. Por quê? Porque concordam com o método usado pela comissão que a traduziu, conforme mencionado no prefácio da primeira edição em inglês: “Não apresentamos nenhuma paráfrase das Escrituras. Nossos esforços foram o de fornecer uma tradução mais literal possível, conforme o idioma inglês moderno permite, e quando a tradução literal não oculta a idéia de alguma forma estranha.”

A Tradução do Novo Mundo já foi impressa inteira ou em partes em mais de 60 línguas, num total de mais de 145 milhões de exemplares! Se estiver disponível em seu idioma, por que não solicita um exemplar às Testemunhas de Jeová e veja por si mesmo os benefícios dessa tradução exata?

A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas já foi impressa inteira ou em partes em mais de 60 línguas, num total de mais de 145 milhões de exemplares!

Estudantes sinceros da Bíblia querem entender a mensagem inspirada de Deus e agir de acordo com ela. Se você é um deles, precisa de uma tradução exata da Bíblia. Sem dúvida, você merece o melhor.

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Não importa qual seja a nossa situação, a Bíblia contém as orientações e os conselhos de que precisamos. Leia-a diariamente.

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